1 A previsão de asfaltamento de rodovias na região amazônica estimulará ainda mais a expansão da fronteira agrícola e a da exploração madeireira, o que poderá acarretar 4 conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas, e, consequentemente, profunda perda do patrimônio genético de vários ecossistemas da Amazônia — ainda pouco conhecido — 7 e redução regional das chuvas, com resultante aumento da flamabilidade de suas paisagens e extensiva savanização. Somam-se a isso as contribuições dessas mudanças para o 10 aquecimento global, tendo em vista que o desmatamento representa, hoje, cerca de 75% das emissões de gás carbônico brasileiras, e suas conexões climáticas — alterações no clima 13 de outras regiões —, como a diminuição de chuvas no Sudeste brasileiro e o agravamento do período de estiagem no meio-oeste americano. Por conseguinte, grandes mudanças na 16 cobertura florestal têm importantes implicações quanto à perda de biodiversidade e à prosperidade da sociedade da Amazônia, a longo prazo. Nessa perspectiva, um importante desafio para 19 a comunidade científica consiste em simular os efeitos da infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo. A avaliação dos impactos indiretos 22 dessas mudanças é de particular interesse tanto para planejadores regionais como para cientistas que estudam as mudanças climáticas. O desenho de uma estratégia de 25 conservação para a floresta amazônica dependerá do rápido avanço na nossa compreensão das conexões da floresta com seus ecossistemas nativos e vida silvestre, clima regional, em 28 conjunto com a economia e com o bem-estar da sociedade local.
Britaldo Silveira Soares-Filho et al. Cenários de desmatamento para
a Amazônia. Internet: < www.scielo.br > (com adaptações).
Julgue o(s) item(ns) a seguir, relativo(s) ao texto acima.
Trata-se de texto de divulgação científica em que se descreve um modelo de pavimentação de rodovias na região amazônica, com enfoque em seus aspectos positivos relativamente a investimentos de infraestrutura, ainda bastante indeterminados na região.
Certa. |
Errada. |
A correção gramatical e o sentido do texto seriam mantidos caso o trecho “o que poderá acarretar conversão de florestas em pastagens e áreas agrícolas” (L.3-4) fosse reescrito da seguinte forma: acarretando que os pastos cultivados e a agricultura convertam as florestas.
Certa. |
Errada. |
Sem contrariar o sentido do texto e a norma gramatical, o trecho “Nessa perspectiva, (...) cobertura do solo” (L.18-21) poderia ser assim reescrito: Nessa perspectiva, distingue-se, na comunidade científica, o desafio da simulação dos efeitos da infraestrutura de transporte nos padrões regionais de mudanças de uso e cobertura do solo, como importante desafio.
Certa. |
Errada. |
A expressão “ainda pouco conhecido” (L.6) tem como referência o segmento “o que poderá acarretar” (L.3), o que explica o emprego da forma de particípio em “conhecido”.
Certa. |
Errada. |
Seriam mantidos a correção e o sentido do texto se o trecho “para cientistas que estudam as mudanças climáticas” (L.23-24) fosse reescrito da seguinte forma: para pesquisadores que investigam as alterações do clima.
Certa. |
Errada. |
O termo “isso” (L.9) retoma a expressão “previsão de asfaltamento de rodovias” (L.1).
Certa. |
Errada. |
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido do texto caso o trecho “é de particular interesse tanto para planejadores regionais como para cientistas” (L.22-23) fosse reestruturado do seguinte modo: são particularmente interessantes para planejadores regionais tanto como cientistas.
Certa. |
Errada. |
O trecho “em conjunto com a economia e com o bem-estar da sociedade local” (L.27-29) é complemento do termo nominal “compreensão” (L.26).
Certa. |
Errada. |
Infere-se do texto que as taxas atuais de emissão de gás carbônico brasileiras, na visão dos autores, deram origem a outras grandes mudanças ambientais.
Certa. |
Errada. |
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