1 Se cumprido integralmente, o novo PNE pode universalizar a educação básica para crianças e jovens de quatro a dezessete anos de idade e alfabetizar todas as crianças 4 até os oito anos de idade (mais 17 milhões de jovens e adultos). Essa hipótese otimista promete impulsionar o país rumo a outro patamar de desenvolvimento. A alternativa pessimista... Bem, 7 essa é velha conhecida. Se o plano não sair do papel, vai se somar aos inúmeros projetos que enfeitam prateleiras com sonhos nunca concretizados. 10 Não é a primeira vez que o governo federal tenta formular um guia para as políticas públicas em educação. A primeira bússola sugerida foi a versão anterior do PNE, 13 referente ao período 2001-2010, que apresentava 295 metas e um diagnóstico complexo do setor. Não deu certo por várias razões. A quantidade de objetivos diluiu as demandas e tirou o 16 foco do essencial. Segundo, muitas das metas não eram mensuráveis, o que dificultou seu acompanhamento. Não havia regras com punições para quem não cumprisse as 19 determinações. Finalmente ― e, talvez, o mais importante ―, um dos artigos do plano foi vetado pela Presidência. Era a proposta de aumentar de 4% para 7% a parcela do PIB 22 investida em educação. Sem dizer de onde viria o dinheiro, o PNE de 2001 virou letra morta antes de nascer. A nova edição parece ter ganho com os erros do 25 passado. Centrado nas demandas da Conferência Nacional de Educação, o Ministério da Educação (MEC) preparou um plano que começa a ser debatido no Congresso, aguardando a 28 aprovação dos parlamentares. Sucinto, o documento tem vinte metas, podendo a grande maioria ser quantificada por estatísticas. Além das citadas no início do texto, outras seis 31 dizem respeito à educação infantil e ao ensino fundamental: universalizar o atendimento aos estudantes com deficiência, oferecer ensino em tempo integral em 50% da rede pública, 34 atingir, pelo menos, média 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), nas séries iniciais, e 5,5, nas finais, oferecer 25% das matrículas da educação de jovens e adultos 37 integradas à educação profissional nas séries finais, atender 50% das crianças de até três anos de idade e erradicar o analfabetismo ― as duas últimas, reedições do PNE de 2001, 40 o que dá uma medida do fracasso de sua consecução.
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Com base no texto antecedente, julgue o(s) item(ns) que se segue(m).
A inserção da preposição com logo após a forma verbal “cumprisse” (L.18) manteria a correção gramatical do período.
Certa. |
Errada. |
A oração “Se cumprido integralmente” (L.1) introduz uma condição para que seja possível, com o PNE, a universalização da educação básica.
Certa. |
Errada. |
De acordo com o texto, o quadro de avanço das atuais políticas educacionais brasileiras independe da aprovação do PNE.
Certa. |
Errada. |
O referente do sujeito da oração “que apresentava 295 metas e um diagnóstico complexo do setor” (L.13-14) é “a versão anterior do PNE” (L.12).
Certa. |
Errada. |
Os dois pontos empregados à linha 31 introduzem uma enumeração de seis metas para o PNE 2011-2020, já citadas na última versão do plano e, por consequência da reedição, não alcançadas.
Certa. |
Errada. |
A palavra “bússola” (L.12), empregada em sentido conotativo, retoma a ideia expressa por “um guia” (L.11).
Certa. |
Errada. |
As metas decorrentes de necessidades da população surgidas na última década, tais como o atendimento escolar de crianças de três anos de idade e a erradicação do analfabetismo, foram plenamente atingidas durante o período de vigência do PNE editado em 2001.
Certa. |
Errada. |
Ao afirmar que a antiga versão do PNE “virou letra morta antes de nascer” (L.23), o autor do texto enfatiza o fato de o aumento do investimento em educação não ter sido aprovado pelos parlamentares.
Certa. |
Errada. |
Seriam preservados o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o termo “Segundo” (L.16) fosse substituído, mantendo-se a vírgula que o isola, por Por conseguinte.
Certa. |
Errada. |
1 Hoje, União, estados e municípios aplicam juntos cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Pelo texto aprovado na Câmara, os investimentos no setor 4 devem chegar a 7%, no prazo de cinco anos, e a 10%, até o final da vigência do Plano Nacional de Educação (PNE), que é de dez anos. A proposta agora segue para o Senado. 7 O ministro da Educação já se manifestou dizendo que o novo investimento será “uma tarefa política difícil de ser executada”. Por meio de nota, o ministro afirmou que a medida 10 implicaria dobrar os recursos para a educação nos orçamentos das prefeituras, dos governos estaduais e do governo federal. “Equivale a colocar um Ministério da Educação dentro do 13 Ministério da Educação, ou seja, tirar R$ 85 bilhões de outros ministérios para a educação”, disse. O ponto de maior divergência no projeto era o 16 percentual de investimento no setor. Deputados da oposição, além de entidades da sociedade civil, pediam 10%, enquanto parte da base aliada do governo defendia uma cifra menor. 19 A primeira versão do PNE previa investimento de 7% do PIB. Depois, o índice foi revisto para 7,5% e, na última sessão, em 13 de junho, o relator da matéria sugeriu a aplicação 22 de 8%. Um acordo feito entre governo e oposição elevou a meta. No PNE, contudo, não é prevista sanção no caso de descumprimento dessa meta. 25 Outros destaques também foram aprovados, como a antecipação da meta de equiparação do salário dos professores ao rendimento dos profissionais de escolaridade equivalente. 28 O PNE estava em tramitação na Câmara desde 2010. Ele estabelece vinte metas educacionais, que passam por todos os níveis de ensino, da creche à pós-graduação, incluindo-se 31 objetivos como a erradicação do analfabetismo e a oferta do ensino em tempo integral em, pelo menos, 50% das escolas públicas.
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A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o(s) item(ns) a seguir.
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