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Informações da Prova Questões por Disciplina Governo do Estado de Goiás - Secretaria de Segurança Pública - Papiloscopista Policial - Fundação Universa - 2010 - Prova Objetiva

Língua Portuguesa

O Uso Da Violência Negociada No Interior das Prisões

Texto I

			
			1       		De acordo com o especialista em Ciências Sociais
        			Anderson Moraes de Castro e Silva, autor de Nos braços da
        			lei: o uso da violência negociada no interior das prisões, o
			4      crime é uma criação social que varia de acordo com a
        			sociedade e o tempo.
        					Segundo ele, no Brasil colonial, a moral cristã tinha
			7      um papel fundamental na tipificação das condutas delituosas.
        			As penas eram duras e permitiam o que hoje seria
        			considerado como verdadeiras aberrações, como a morte
			10    pelo fogo, mutilações e queimaduras. “Naquele contexto,
        			inexistia uma ideia de proporcionalidade entre o delito e sua
        			punição. Heresias e blasfêmias podiam ser punidas com
			13    maior rigor do que estupros, por exemplo”, revela.
        					Com a vinda da família real, em 1808, o crescimento
       				abrupto do índice de criminalidade escrava esteve associado
			16    à necessidade de mão de obra gratuita para os
        			empreendimentos de urbanização da Corte. Em 1824, a
        			Constituição Imperial aboliu formalmente as penas cruéis,
			19    bem como estabeleceu que as cadeias deviam ser seguras,
        			bem arejadas.
        					A partir de 1891, com a República, teoricamente
			22    todos se tornaram iguais perante a lei, uma vez que não se
        			admitiam mais os privilégios de nascimento ou adquiridos. A
       			        pena de prisão é legalmente instituída como o modelo
			25    punitivo central do sistema de justiça criminal brasileiro.
        					Da colônia aos dias de hoje, porém, algumas
        			características dos punidos permanecem iguais: pobres,
			28    negros, pouco escolarizados e cada vez mais jovens. “Assim,
        			a história da criminalidade brasileira, se vista pelo ângulo
        			daqueles que são formalmente punidos, é uma história de
			31    domínio, segregação e exclusão social de um segmento
        			específico da sociedade”, diz Castro e Silva.
        					Silva critica o sistema prisional brasileiro. “Punimos,
			34    preferencialmente, o ladrão e o pequeno comerciante de
        			drogas. Em um país onde a corrupção é endêmica, corruptos
        			e corruptores raramente são condenados à pena de prisão.”
			37    Por outro lado, diz Silva, “Uma vez encarcerado, o indivíduo
        			estará submetido a condições inumanas de existência. Celas
        			superlotadas, insalubres e quentes. Caso não tenha
			40    familiares que possam sustentá-lo na prisão, uma vez que
        			nem sempre o Estado fornece produtos básicos, como
        			sabonete e papel higiênico, o condenado será duplamente
			43    punido pelas prisões brasileiras.”
        					Uma série de intervenções e de experiências
        			bem-sucedidas mostra que é possível modificar essa
			46    realidade no país. A solução não é rápida e não existe
        			fórmula mágica. Mas é preciso agir rapidamente, antes que a
        			imagem de cordialidade peculiar ao Brasil se transforme em
			49    uma mancha vermelha de sangue e ódio.

Internet: <www.indicadorjuridico.com.br> (com adaptações).

1 -

A respeito do texto I, assinale a alternativa correta:

a)

No segundo parágrafo do texto, há exemplos de tipologias discursivas: o discurso direto, o indireto e o indireto livre.

b)

No segundo parágrafo, há duas ocorrências do vocábulo “o” como pronome oblíquo.

c)

A palavra “abrupto”, empregada na linha 15, tem como sinônimo correspondente o termo bruto e, como antônimo, repentino.

d)

As vírgulas, na citação das linhas de 28 a 32, podem ser retiradas sem prejuízo gramatical.

e)

O texto I tem passagens narrativas e dissertativas.

2 -

Com base no texto I, assinale a alternativa correta:

a)

O especialista em Ciências Sociais, analisando o crime como uma criação mental, levanta a hipótese de que o crime varia de acordo com a sociedade e o tempo.

b)

Conceitos e caracterizações das condutas delituosas variam de acordo com valores sociais, que sofrem alterações de acordo com as mudanças da sociedade ao longo do tempo.

c)

A vinda da família real foi a responsável pelo crescimento abrupto do índice de criminalidade escrava, pois a necessidade de mão de obra gratuita para os empreendimentos de urbanização da corte resultavam em crimes regulares e organizados, praticados pelos escravos revoltosos, dizimando a corte portuguesa e o clero.

d)

A história da criminalidade brasileira deixa claro que os jovens pobres, negros e de pouca escolaridade sempre foram os principais responsáveis por crimes formalmente punidos.

e)

O ladrão e o pequeno comerciante de drogas, quando condenados, serão duplamente punidos pelas prisões brasileiras, pois, além de terem restrita sua liberdade, são submetidos a trabalhos forçados, como forma disciplinar lucrativa para os grandes presídios.

3 -

Assinale a alternativa correta com relação ao texto I:

a)

O texto é encerrado com uma frase de impacto, forte, mas de conteúdo inadequado à realidade brasileira.

b)

O verbo mostrar, empregado como “mostra” na frase das linhas de 44 a 46, poderia, sem acarretar erro gramatical, ser usado também no plural, concordando com “intervenções” e “experiências”, pois o sujeito é composto e os núcleos são substantivos no plural.

c)

A expressão verbal “seria considerado” (linhas 8 e 9) poderia ser passada para o plural, concordando com o sujeito “penas”, sem acarretar erro gramatical.

d)

A locução “uma vez que” (linha 22) pode ser substituída pela conjunção como, pois ambas têm valor de causa, mas para manter a correção gramatical, a oração encabeçada pela locução deverá ser deslocada para o início do período.

e)

O verbo admitir, empregado como “admitiam” na frase da linha 23, poderia, sem acarretar erro gramatical, ser usado também no singular, transformando o sujeito em indeterminado, o que pode ser feito corretamente por causa do pronome “se”.

4 -

A respeito da redação de correspondências oficiais, assinale a alternativa correta:

a)

A concisão é uma qualidade do texto oficial. Conciso é o texto que faz uso do padrão culto de linguagem, evitando vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão.

b)

Um texto é claro se possibilita compreensão pelo leitor, ainda que após uma longa análise.

c)

O pronome de tratamento adequado para oficiais-generais das Forças Armadas é Vossa Excelência.

d)

Vossa Excelência Reverendíssima é forma alternativa correta de tratamento com relação a altas autoridades das Forças Armadas.

e)

O fecho indicado para autoridades superiores, incluindo-se o presidente da República, é “Atenciosamente”.

“A polícia de São Paulo, que tem a imagem de dureza, mostra que tem ternura também.”

			
			1      			Mais de mil pessoas estiveram presentes na
        			solenidade de entrega de mais de 167 mil agasalhos e
        			cobertores arrecadados pela polícia civil à presidente do
			4      Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo,
        			primeira-dama Maria Lúcia Alckimin.
						O delegado-geral da polícia civil, Marco Antônio
			7      Desgualdo, abriu o evento na tarde desta terça-feira
        			(11/6/2002), no saguão da Academia de Polícia (Acadepol),
        			na Cidade Universitária, zona oeste da cidade. O delegado
			10    aproveitou a oportunidade para ler um texto: “Agradecemos à
        			família policial civil pelo carinho e atenção ao nosso
        			chamado. É a policia civil combatendo o crime e o frio
			13    quando chegar”, dizia o texto.
        					O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro
        			Abreu Filho, se disse orgulhoso em prestar contas de sua
			16    pasta. “A polícia de São Paulo, que tem a imagem de dureza,
        			mostra que tem ternura também.”

Internet: <www.ssp.sp.gov.br> (com adaptações).

5 -

Com base no texto , assinale a alternativa correta:

a)

O Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo foi o responsável pela arrecadação dos agasalhos e cobertores entregues à primeira-dama paulista.

b)

A frase final do texto “A polícia de São Paulo, que tem a imagem de dureza, mostra que tem ternura também.” mostra o orgulho do secretário da Segurança Pública de ver valorizar-se a imagem humanizada da polícia civil aos olhos da sociedade.

c)

O delegado-geral da polícia civil fez um agradecimento à família dos policiais, com palavras polidas, objetivas, neutras, conforme o momento solene exigia.

d)

O secretário de Segurança Pública sentiu-se obrigado a fazer prestação de contas em público para esclarecer fatos noticiados pela imprensa nacional.

e)

Os dados do texto não fornecem elementos com os quais se possa precisar a data em que foi realizada a solenidade de entrega dos produtos arrecadados.

6 -

Um suspeito de assassinato de um garçom, ao ser interrogado, afirmou:

Se ele morreu baleado, então eu não sou o assassino”.

Um investigador concluiu que a verdade é exatamente a negação da proposição contrária a esta. Com base nisso, é correto concluir logicamente que:

a)

o garçom não morreu baleado, e o suspeito não é o assassino.

b)

o garçom morreu baleado ou o suspeito não é o assassino.

c)

o garçom morreu baleado, mas o suspeito não é o assassino.

d)

o garçom não morreu baleado ou o suspeito é o assassino.

e)

se o suspeito é o assassino, então o garçom morreu baleado.

Probabilidade
7 -

Cinquenta prisioneiros de uma ala são numerados de 1 a 50. O guarda chama aleatoriamente, após sorteio, um prisioneiro e vê que o número dele é múltiplo de 4 e de 6. O prisioneiro retorna à ala de detentos, e novamente o guarda chama aleatoriamente (por sorteio) um prisioneiro. Qual é a probabilidade de o número desse prisioneiro ser, agora, um múltiplo de 4 ou de 6?

a)

b)

c)

d)

e)

Inglês

Criminal Intelligence Analysis.

Text II.

			
			1      			Criminal Intelligence Analysis (sometimes called
        			Crime Analysis) has been recognized by law enforcement as
        			a useful support tool for over twenty-five years and is
			4      successfully used within the international community. Within
        			the last decade, the role and position of Criminal Intelligence
        			Analysis in the global law enforcement community has
			7      fundamentally changed. Whereas previously there were a few
        			key countries acting as forerunners and promoters of the
        			discipline, more and more countries have implemented
			10    analytical techniques within their police forces. International
        			organizations, such as INTERPOL, Europol and the
        			International Criminal Tribunal for the Former Yugoslavia
			13    (ICTY), all have Criminal Intelligence Analysts among their
        			personnel. The techniques are also widely used within private
        			sector organizations.
			16    			There are many definitions of Criminal Intelligence
        			Analysis in use throughout the world. The one definition
        			agreed in June 1992 by an international group of twelve
			19    European INTERPOL member countries and subsequently
        			adopted by other countries is as follows: 'The identification of
        			and provision of insight into the relationship between crime
			22    data and other potentially relevant data with a view to police
        			and judicial practice'.
        					The central task of Analysis is to help officials — law
			25    enforcers, policy makers, and decision makers — deal more
        			effectively with uncertainty, to provide timely warning of
        			threats, and to support operational activity by analysing crime.
			28    			Criminal Intelligence Analysis is divided into
        			operational (or tactical) and strategic analysis. The basic skills
        			required are similar, and the difference lies in the level of
			31    detail and the type of client to whom the products are aimed.
        			Operational Analysis aims to achieve a specific law
        			enforcement outcome. This might be arrests, seizure or
			34    forfeiture of assets or money gained from criminal activities,
        			or the disruption of a criminal group. Operational Analysis
        			usually has a more immediate benefit. Strategic Analysis is
			37    intended to inform higher level decision making and the
        			benefits are realized over the longer term. It is usually aimed
        			at managers and policy-makers rather than individual
			40    investigators. The intention is to provide early warning of
        			threats and to support senior decision-makers in setting
        			priorities to prepare their organizations to be able to deal with
			43    emerging criminal issues. This might mean allocating
        			resources to different areas of crime, increased training in a
        			crime fighting technique, or taking steps to close a loophole in
			46    a process.
        					Both disciplines make use of a range of analytical
        			techniques and Analysts need to have a range of skills and
			49    attributes.

Internet: <www.interpol.int>.

8 -

Mark the alternative that presents information which cannot be found in the text II:

a)

How law enforcement regards Criminal Intelligence Analysis.

b)

Besides governmental sectors, where Criminal Intelligence Analysis modus operandi is applied.

c)

A statement agreed more than a decade ago that defines Criminal Intelligence Analysis.

d)

The number of European INTERPOL member countries which have staff trained to deal with Criminal Intelligence Analysis.

e)

Some responsibilities of Criminal Intelligence Analysis.

9 -

About operational and strategic analysis, mark the correct alternative:

a)

Operational analysis aim is also to avoid small mistakes in a process.

b)

Operational analysis is closer to policy-makers than strategic analysis.

c)

Strategic analysis also aims to anticipate answers to the emergence of new types of crime.

d)

Strategic analysis work is supposed to be noticed immediately

e)

Strategic analysis deals mainly with personal investigation.

Língua Portuguesa
10 -

(22/3/2010) Lula afirmou que não foi ao Oriente Médio debater exclusivamente a dificuldade de se encontrar a paz na região. Segundo o presidente, a viagem também teve como objetivo tratar da relação Brasil-Oriente Médio, Brasil-Israel, Brasil-Palestina e Brasil-Jordânia. “Nós temos um acordo estratégico entre o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e Israel; queremos fazer com a Palestina, queremos fazer com a Jordânia e queremos fazer com outros países do Oriente Médio o acordo do MERCOSUL, porque, para nós, interessa aumentar o comércio entre o Oriente Médio e o Brasil, Oriente Médio e o MERCOSUL.” Quanto ao processo de paz, Lula disse que ele interessa a todo o mundo porque permite que haja desenvolvimento econômico. “Interessa a Israel, interessa à Palestina, interessa à Jordânia, interessa aos Estados Unidos, interessa ao Irã, interessa à Síria, interessa a todo mundo, porque somente a paz é que pode permitir que haja desenvolvimento econômico, distribuição de renda e justiça social.”

Internet: <www.estadao.com.br>.

Acerca do assunto tratado no texto e de temas a ele relacionados, assinale a alternativa correta:

a)

Lula foi o primeiro chefe de Estado brasileiro a visitar oficialmente Israel, desde a criação daquele país, em 1948.

b)

As restrições que a oposição e boa parte da imprensa demonstram em relação à política externa brasileira devem-se, sobretudo, ao claro apoio manifestado pelo presidente e outros membros do governo à ditadura hereditária do reino da Arábia Saudita.

c)

Se um dos objetivos de Lula, conforme o texto, foi “aumentar o comércio entre o (...) Oriente Médio e o MERCOSUL”, infere-se que também os interesses da Colômbia, do Suriname e da Guiana foram tratados nas reuniões realizadas durante a viagem do presidente brasileiro.

d)

Palestina, Israel, Jordânia, Irã e Síria são considerados Estados soberanos e independentes, sendo os dois primeiros repúblicas parlamentaristas; a Jordânia, uma monarquia; e os dois últimos, repúblicas teocráticas.

e)

O processo de paz referido no segundo parágrafo é um dos maiores obstáculos à estabilidade política do Oriente Médio. As grandes riquezas petrolíferas controladas por palestinos e israelenses contribuem para os conflitos locais e para as interferências estrangeiras na região.

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