A(s) questão(ões) seguinte(s) refere(m)-se ao texto abaixo.
Em 2010, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, o índice de pobreza foi maior nos subúrbios do que nas grandes cidades em torno das quais eles gravitam. Demógrafos, como William Frey, e urbanistas, como Vishaan Chakrabarti e outros, hoje chegam a decretar a morte dos subúrbios, que consideram insustentáveis do ponto de vista econômico e pouco eficientes como modelos de planejamento urbano. Em entrevista ao jornal Financial Times, Frey fala em "puxar o freio" de um sistema que pautou os EUA até hoje. É uma metáfora que faz ainda mais sentido quando se considera a enorme dependência dos subúrbios do uso do automóvel. Detroit é o caso mais tangível. A cidade que dependia da indústria automobilística faliu porque os moradores mais abastados migraram para os subúrbios a bordo de seus carros, deixando no centro as classes mais pobres, que pouco contribuem com impostos. Mas é das cinzas de centros combalidos como esse que novas cidades estão surgindo. Em Detroit, os únicos sinais de vida estão no miolo da cidade, em ruas que podem ser frequentadas por pedestres e que aos poucos prescindirão dos carros, já que está em estudo a ressurreição de um sistema de bondes. O número de jovens que dirigem carros também está em queda livre no país. Isso ajuda a explicar por que o bonde urbano e grandes projetos de transporte público estão com toda a força. Enquanto o metrô de superfície ou linhas de ônibus não chegam a cidades desacostumadas ao transporte coletivo, as bicicletas de aluguel ganham fôlego impressionante. Nessa troca das quatro rodas por duas, ou mesmo pelos pés, volta a entrar em cena o poder de atração das grandes metrópoles, a reboque da revitalização de grandes centros urbanos antes degradados. Há dois anos, pela primeira vez, a população das metrópoles americanas superou o número de residentes em seus subúrbios. "Hoje mais pessoas vivem nas cidades do que nos subúrbios. Estamos vendo surgir uma nova geração urbana nos Estados Unidos", diz Vishaan Chakrabarti. "Essas pessoas dirigem menos, moram em apartamentos mais econômicos, têm mais mobilidade social e mais oportunidades." Nessa mesma linha, arquitetos e urbanistas vêm escrevendo livro atrás de livro no afã de explicar o ressurgimento da metrópole como panaceia urbanística global.
(Adaptado de: Silas Marti. Folha de S. Paulo, Ilustríssima. Acessado em: 28/07/2013)
Depreende-se corretamente do texto que
a)
há mais pessoas vivendo nas cidades americanas do que nos subúrbios porque nelas a mobilidade é mais fácil e a moradia menos dispendiosa. |
b)
diminuiu a quantidade de jovens americanos com poder aquisitivo para adquirir um carro, devido às altas taxas de desemprego no país. |
c)
a revitalização da cidade de Detroit prevê a criação de vias expressas que facilitem a interligação entre subúrbio e centro. |
d)
a metáfora usada pelo especialista em urbanismo, “puxar o freio”, refere-se ao fato de que os Estados Unidos estão investindo em veículos menos poluentes. |
e)
o atual aumento no número de residentes nos subúrbios americanos está relacionado ao empobrecimento da população que habita os centros urbanos. |
Sem prejuízo para a correção e o sentido, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo indicado entre parênteses em:
a)
no afã de explicar(com a esperança de) |
b)
panaceia urbanística global(sistema de vida) |
c)
centros combalidos(debilitados) |
d)
um sistema que pautou os EUA até hoje(subjugou) |
e)
Detroit é o caso mais tangível(contestável) |
Está correto o que se afirma em:
a)
No segmento chegam a decretar a morte dos subúrbios, que consideram insustentáveis do ponto de vista econômico,a vírgula pode ser suprimida, sem prejuízo para o sentido original. (2.º parágrafo) |
b)
Sem que nenhuma outra alteração seja feita, o verbo grifado na frase ruas(...) que aos poucos prescindirão dos carrospode ser corretamente substituído por dispensarão. (4.º parágrafo) |
c)
Na frase O número de jovens que dirigem carros também está em queda livre no país,uma vírgula pode ser inserida imediatamente após jovens, sem prejuízo para a correção. (5.º parágrafo) |
d)
O segmento sublinhado em a reboque da revitalização de grandes centros urbanos antes degradados pode ser substituído por atrelado à, sem prejuízo para a correção e o sentido originais. (6.º parágrafo) |
e)
De acordo com o contexto, o segmento isolado por vírgulas pode ser isolado por parênteses na frase: a bordo de seus carros, deixando no centro as classes mais pobres, que pouco contribuem...(3.º parágrafo) |
Alterando-se a redação de um segmento do texto, o sinal indicativo de crase foi empregado de modo INCORRETO em:
a)
Enquanto o metrô de superfície ou linhas de ônibus não chegam às cidades desacostumadas ao transporte coletivo... |
b)
A cidade que se ergueu à custa da indústria automobilística... |
c)
... volta à cena o poder de atração das grandes metrópoles... |
d)
... quando se leva em conta à enorme dependência dos subúrbios do uso do automóvel. |
e)
... restou às classes mais pobres de Detroit, que pouco contribuem com impostos, permanecer no centro da cidade. |
... a população das metrópoles americanas superou o número de residentes em seus subúrbios.(6.º parágrafo) O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está corretamente empregado em:
a)
... do que nas grandes cidades em torno das quais eles gravitam. |
b)
Mas é das cinzas de centros combalidos como esse que novas cidades estão surgindo. |
c)
... o índice de pobreza foi maior nos subúrbios... |
d)
... que pouco contribuem com impostos. |
e)
O número de jovens que dirigem carros... |
Isso ajuda a explicar por que o bonde urbano e grandes projetos de transporte público estão com toda a força. O elemento grifado acima preenche corretamente a lacuna da frase:
a)
Detroit acaba de pedir resgate ao governo do Estado de Michigan ...... está soterrada em dívidas. |
b)
Ao se constatar que o capital se movimenta nas grandes cidades, com suas redes de conexão, compreende-se ...... há interesse na revitalização dos centros urbanos. |
c)
...... encarecem rapidamente, os bairros revitalizados acabam expulsando dali as classes mais baixas. |
d)
Os embates em Istambul começaram ...... se cogitou transformar um parque em shopping center. |
e)
A perda de mobilidade explica em parte o ...... de algumas metrópoles brasileiras estarem cedendo às ideias de um urbanismo mais saudável. |
A frase em que o elemento sublinhado NÃO é um pronome está em:
a)
... chegam a decretar a morte dos subúrbios, que consideram insustentáveis... |
b)
... em ruas que podem ser frequentadas por pedestres... |
c)
... já que está em estudo a ressurreição de um sistema de bondes. |
d)
... nas grandes cidades em torno das quais eles gravitam. |
e)
É uma metáfora que faz ainda mais sentido quando... |
Urbanistas, como o arquiteto britânico Adrian Ellis, radicado nos Estados Unidos, já ...... a era da "plutocratização" das metrópoles. Este mesmo arquiteto lembra que ...... mais tráfego aéreo entre Nova York e Londres do que entre a maior cidade americana e qualquer outro ponto dos EUA: "Essas são cidades globais, pontos nevrálgicos do mundo, que ...... todo o capital".
Preenchem, correta e respectivamente, as lacunas:
a)
anuncia −existem −concentra |
b)
anunciam −existe −concentram |
c)
anunciam −existem −concentra |
d)
anuncia −existem −concentram |
e)
anuncia −existe −concentra |
A(s) questão(ões) seguinte(s) refere(m)-se ao texto abaixo.
Deixando de lado nosso medo da solidão, a verdade é que nossa mente é única. Isso significa que todo empenho de comunicação entre duas mentes esbarrará com obstáculos intransponíveis. Não é assim que sentimos, pois temos a impressão de nos comunicarmos uns com os outros o tempo todo. Mas ela é falsa e deriva apenas de usarmos os mesmos símbolos − as palavras, ordenadas de uma mesma forma e regidas pela gramática de cada língua. O cérebro é geneticamente diferente, a não ser no raro caso de gêmeos idênticos, e nossas experiências de vida também o são; as formas como registramos e decodificamos tais experiências são absolutamente pessoais, não são sequer influenciadas de forma direta pela família que tivemos ou pelo meio social em que crescemos. Mesmo que as famílias queiram influenciar ao máximo seus descendentes, cada criança conclui de modo próprio sobre os fatos que observa e sobre tudo que ocorre a ela. Suas conclusões, algumas equivocadas, determinarão suas futuras ações e influirão em seus pensamentos subsequentes. Somos seres únicos e deveríamos nos orgulhar disso. Porém, ao contrário, nos sentimos profundamente solitários em virtude dessa verdade que, em certo sentido, nos faz menos insignificantes justamente por sermos únicos.
(Adaptado de: Flavio Gikovate, Ensaios sobre o amor e a solidão. São Paulo, MG Editores, 2006, 6. ed.)
Segundo o autor, é falsa a impressão de que
a)
nos comunicamos uns com os outros. |
b)
estamos sozinhos no universo. |
c)
apenas gêmeos idênticos pensam da mesma maneira. |
d)
os pensamentos das crianças determinam seu modo de agir. |
e)
nossa mente é única. |
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