A última reforma tributária entrou em vigor em 1967,
com a implantação do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias (ICM) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI). A Constituição de 1988 manteve
5 as características essenciais do sistema e transformou
o ICM em ICMS, com a inclusão de alguns serviços em
sua base de incidência.
Eram impostos mais modernos e mais funcionais
que os anteriores. Mas com o tempo o sistema foi
10 desfigurado. A guerra fiscal distorceu as decisões
de investimento. Os tributos, acrescidos de várias
contribuições, passaram a pesar excessivamente sobre
os investimentos e a atrapalhar as exportações. A
tributação tornou-se incompatível com uma economia
15 cada vez mais integrada globalmente. Com a abertura
da economia, as empresas mudaram e tomaram o
caminho da competitividade. O setor público mudou
muito menos, apesar das políticas de ajustes e de
reformas adotadas com sucesso a partir dos anos 90.
(O Estado de S. Paulo, 26/5/2010)
Em relação às ideias do texto, assinale a opção correta:
a)
A Constituição de 1988 implantou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e o Imposto sobre Produtos Industrializados. |
b)
O sistema de impostos criado na última reforma tributária sofreu alterações em 1988 e depois foi deturpado. |
c)
As exportações foram beneficiadas pelos investimentos que ficaram livres de grande parte da tributação. |
d)
A economia globalizada se beneficiou do sistema de tributação moderno que foi implantado no País e que vigora desde 1988. |
e)
O setor público acompanhou as transformações das empresas em direção à competitividade, atualizandose rapidamente. |
Assinale a substituição que torna o período gramaticalmente incorreto:
a)
“entrou em vigor”(L.1) por passou a vigorar. |
b)
“com a inclusão de”(L.6) por incluindo. |
c)
“foi desfigurado”(L.9 e 10) por desfiguraram-se. |
d)
“A guerra fiscal distorceu as decisões de investimento” (L.10 e 11) por As decisões de investimento foram distorcidas pela guerra fiscal. |
e)
“apesar das”(L.18) por a despeito das. |
As primeiras moedas foram cunhadas na Lídia, uma
província da Ásia Menor, seis séculos antes de Cristo.
Sua eficiência no comércio fez a novidade espalharse para outras cidades-estado gregas.Eram peças
5 de ouro e prata, encomendadas a artesãos. Algumas
delas figuram ainda hoje entre as mais belas já feitas.
O valor real da dracma, a moeda grega, não estava na
cunhagem perfeita, e sim no seu poder de compra. Os
gregos progrediram em um ambiente de estabilidade
10 monetária. Era uma situação diferente daquela vista
anos mais tarde em Roma. Em suas guerras e na
expansão de seu império, os romanos gastavam acima
das possibilidades de seu orçamento. Os governantes
buscaram recursos adicionais tirando proveito de
15 expedientes como a redução da pureza das ligas
metálicas usadas na fabricação das moedas. Falseavam
o próprio dinheiro e, como consequência, diminuíam o
poder de compra de seu povo. Foi o primeiro registro
histórico de uso da desvalorização monetária para
socializar a irresponsabilidade.
(Veja, 11 de agosto, 2010, com adaptações)
De acordo com o texto:
a)
o valor real da dracma, moeda grega, deveu-se ao ambiente de estabilidade monetária vivida na época. |
b)
a produção artesanal de belas moedas, em ouro e prata, foi responsável pelo seu sucesso nas cidades gregas. |
c)
o poder de compra do povo romano diminuiu quando foram usadas ligas de ouro e prata, na fabricação de suas moedas. |
d)
as guerras de expansão do Império Romano foram financiadas com a cunhagem de moedas nos territórios gregos ocupados. |
e)
o primeiro registro histórico de desvalorização monetária e de irresponsabilidade fiscal aconteceu na Lídia, seis séculos antes de Cristo. |
Provoca-se erro gramatical ou incoerência textual ao:
a)
retirar “uma”(L.1) antes de “província”(L.2). |
b)
retirar o pronome de “espalhar-se”(L.3 e 4), escrevendo apenas espalhar. |
c)
substituir “delas”(L.6) por dessas moedas. |
d)
substituir “e sim”(L.8) por mas sim. |
e)
inserir romanos depois de “governantes”(L.13). |
Ainda que águas brasileiras não sejam diretamente
atingidas pelos efeitos do gigantesco vazamento de
petróleo no Golfo do México, onde milhares de barris
de óleo são despejados por dia há mais de um mês, é
5 sensato que o governo brasileiro e a Petrobras tratem
de aprender com as ações técnicas para conter a
tragédia ambiental provocada pelo acidente da British
Petroleum. É recomendável também que as autoridades
observem os procedimentos administrativos do governo
10 americano para enquadrar os responsáveis pelo
acidente, como a aplicação de uma multa de US$ 75
milhões à companhia, com base na Lei de Poluição
Petrolífera.
15 Vale, no caso, um exercício de imaginação: transponhase a tragédia no Golfo para águas brasileiras, onde há
igualmente intensa atividade petrolífera. A realidade
não recomenda otimismo, a começar pelos dispositivos
existentes de prevenção de acidentes.
(O Globo, Editorial, 27/5/2010)
Em relação às estruturas do texto, assinale a opção correta:
a)
A expressão “Ainda que”(L.1) poderia, sem prejuízo para a correção gramatical do período e para o sentido original, ser substituída por qualquer uma das seguintes: Mesmo que, Conquanto, Porquanto. |
b)
A substituição de “não sejam”(L.1) por não estejam sendo altera a informação original do período e prejudica a correção gramatical do texto. |
c)
As duas ocorrências de “para”(L.10 e L.15) têm função gramatical e semântica equivalentes, pois conferem ao contexto a noção de finalidade. |
d)
O emprego do sinal indicativo de crase em “à companhia” (L.12) justifica-se pela regência de “aplicação” (L.11), que exige preposição “a”, e pela presença de artigo definido feminino antes de “companhia”. |
e)
A substituição de “transponha-se”(L.14 e 15) por se for transposta prejudica a correção gramatical do período. |
Em relação às ideias do texto, assinale a inferência incorreta:
a)
As águas brasileiras não serão diretamente prejudicadas pelos efeitos do desastre ecológico de vazamento de petróleo no Golfo do México. |
b)
As providências técnicas do governo americano para conter a tragédia ambiental da British Petroleum servem de exemplo para o governo brasileiro. |
c)
O Brasil deve observar que o governo americano aplicou uma alta multa para os responsáveis pelo acidente no Golfo do México. |
d)
O governo americano conta com uma lei acerca da poluição causada pelos acidentes com a exploração do petróleo. |
e)
O Brasil conta com dispositivos de prevenção de acidentes petrolíferos adequados e avançados para enfrentar um possível desastre ecológico. |
Assinale a opção incorreta em relação ao texto.
O desemprego é cruel porque solapa um dos mais
importantes valores do homem: a dignidade. Dezenas
de utopias e de arquiteturas sociais foram construídas
ao longo dos séculos com o objetivo de imunizar a
5 sociedade dessa praga. Especialmente na Europa
Ocidental, os governos trataram de prover seus países
de mecanismos de contenção dos choques provocados
pela falta de trabalho: seguro-desemprego, bolsa alimentação, previdência social e outros.
10 Alguns observam que os resultados não são expressivos. Outro jeito de avaliá-los é levar em conta os
enormes estragos econômicos, sociais e principalmente políticos que sobreviriam se toda essa estrutura de
seguridade social não tivesse sido montada.
(Celso Ming, O Estado de S. Paulo, 2/6/2010, com adaptações)
a)
O termo “porque”(L.1) estabelece uma relação de causa e consequência entre as ideias do período. |
b)
A palavra “solapa”(L.1) está sendo empregada no sentido de destrói, abala, mina. |
c)
O trecho “Dezenas de utopias e de arquiteturas sociais foram construídas”(L.2 e 3) admite ser corretamente substituído por Construíram-se dezenas de utopias e de arquiteturas sociais. |
d)
A expressão “dessa praga”(L.5) retoma de forma coesiva a ideia de “desemprego”. |
e)
Em “avaliá-los”(L.11) o pronome “-los” retoma o antecedente “Alguns”. |
Em relação às estruturas do texto, assinale a opção correta.
A divulgação do resultado do Tesouro Nacional
e das contas fiscais poderia criar certo otimismo. No
quadrimestre, o Tesouro apresentou um superávit
primário equivalente a 2,38% do PIB, ante 2,02% no
5 mesmo período de 2009, e para o conjunto do setor
público esse superávit já supera a meta do ano (3,3%
do PIB).
São resultados incontestavelmente bons, mas
merecem ser colocados no quadro de uma economia
10 superaquecida, que proporcionou, tanto ao Tesouro
Nacional quanto aos governos regionais, um forte
aumento das receitas.
No caso do Tesouro Nacional, sua receita bruta
em abril apresentou crescimento de 33,8% e a da
15 Previdência Social, de 8,4%, o que explica que nas
contas fiscais o governo central tenha surgido com um
superávit nominal de R$ 7 bilhões, o segundo do ano
de 2010. Convém, todavia, notar que esse resultado
positivo tem uma causa provisória: redução de R$ 21,2
20 bilhões da dívida bancária líquida e de R$ 5,6 bilhões no
financiamento externo líquido.
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 28/5/2010)
a)
O emprego da expressão verbal “poderia criar”(L.2) indica a manifestação de uma ordem. |
b)
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir o termo “ante”(L.4) por perante. |
c)
Pelos sentidos do texto, o emprego da conjunção “mas”(L.8) confere ao período a noção de conclusão. |
d)
A conjunção “todavia”(L.18) confere ao período a noção de oposição e admite ser substituída por entretanto, contudo, no entanto. |
e)
O emprego do sinal de dois pontos(L.19) justifica-se por inserir uma citação no texto. |
Assinale a opção que apresenta o sentido em que a palavra está sendo empregada no texto.
Se a primeira etapa da crise mundial, deflagrada por
insolvências no mercado de hipotecas americano,
serviu de álibi para o governo partir do diagnóstico
correto de que era preciso aumentar os gastos para
5 executar os gastos errados — por não poderem
ser cortados depois, na hora de evitar pressões
in?acionárias —, agora a crise na Europa mostra o outro
lado dessas liberalidades fiscais: a quebra técnica de
países.
10 Entre as causas dos desequilíbrios orçamentários
acham-se injeções de recursos no mercado para
evitar a desestabilização total do sistema financeiro,
criando déficits agravados pela recessão de 2009 e a
consequente retração na coleta de impostos. Mas há
15 também muita irresponsabilidade na concessão de
aumentos a servidores públicos, ampliação insensata
de benefícios previdenciários e assistenciais.
Os desequilíbrios europeus, mais graves na Grécia, na
Espanha, em Portugal, na Irlanda e na Itália, funcionam
20 como peça pedagógica para Brasília, onde muitos
bilhões em aumento de despesas têm sido contratados.
(O Globo, Editorial, 28/5/2010)
a)
deflagrada(L.1) terminada. |
b)
insolvências(L.2)inadimplências. |
c)
álibi(L.3)acusação. |
d)
injeções(L.11)subtrações. |
e)
pedagógica(L.20)deseducativa. |
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.
A maior fatia do bolo econômico, no Brasil, vai ____1____menos contribui para a produção. Em 2009, os trabalhadores levaram 20% do valor gerado pelas 100 maiores empresas brasileiras. As companhias guardaram 13,5% para seu patrimônio e entregaram 9,5% aos acionistas, isto é, ____2____fornece capital próprio e corre a maior parte do risco do investimento. O pedaço dos credores correspondeu a 12%. Os 45% restantes foram comidos ____3____ governos da União, dos Estados e dos Municípios. O bolo, nesse caso, corresponde ___4____ valor adicionado, isto é, à diferença entre o valor final dos bens e serviços produzidos ___5____ companhias e o custo dos insumos - como matérias-primas e bens intermediários - comprados de seus fornecedores.
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 1/6/2010)
a)
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b)
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c)
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d)
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e)
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