Havia em Belo Horizonte um médico chamado Dr. Cathoud, que resolvera dedicar-se à entomologia, e em especial aos lepdópteros — horrível designação com que são conhecidas cientificamente as 5 borboletas. Certo dia uma amiga, que o Dr. Cathourd fora visitar, disse-lhe ter uma surpresa para ele. E deu- lhe de presente três lindas borboletas que havia apanhado: uma branca, uma amarela e uma azul. Ela 10 também gostava de borboletas e usava, mesmo, uma daquelas varas com rede, para caçá-las no pomar de sua casa. Só não dispunha de local adequado para conservá-las vivas e as havia aprisionado numa compoteira. 15 Dr. Cathoud exultou com o precioso presente, transferindo logo as três borboletas da compoteira para o seu chapéu e colocando-o na cabeça. Assim elas estariam a salvo até que chegasse em casa. E foi então que o Dr. Cathoud se viu personagem 20 de uma cena surrealista digna de uma página de Lewis Carroll ou um filme de Jacques Tati. A caminho de casa, ao cruzar com uma senhora sua conhecida na Avenida Afonso Pena, cumprimentou-a, tirando-lhe respeitosamente o chapéu, como se usava então. 25 E não apenas ela, mas os demais transeuntes, espantados, viram sair da cabeça do Dr. Cathoud, adejando no ar, três lindas borboletas: uma branca, uma amarela e uma azul.
SABINO, F. Livro Aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 531.
O texto oferece informações e observações do narrador acerca da história das borboletas que o Dr. Cathoud ganhou de presente. A esse respeito, considere as afirmações abaixo.
I. O narrador não aprovava o nome científi co dado às borboletas.
II. A amiga do médico surpreendeu-o dizendo-se também caçadora de borboletas.
III. O cavalheirismo do médico foi um fator fundamental para a cena chegar ao desfecho dado.
IV. A compoteira da amiga e o chapéu do médico eram locais improvisados para conservar vivas as borboletas.
Está correto o que se afirma em
a)
I e II, apenas. |
b)
II e III, apenas. |
c)
III e IV, apenas. |
d)
I, III e IV, apenas. |
e)
I, II, III e IV. |
Pelo conteúdo do texto, mesmo não sabendo quem são Lewis Carroll e Jacques Tati (L. 21), o leitor tem condições de concluir que ambos
a)
colecionavam borboletas coloridas. |
b)
eram escritores surrealistas e visionários. |
c)
usavam chapéus enfeitados com borboletas. |
d)
produziram obras artísticas que lidavam com a fantasia. |
e)
são autores de obras importantes da literatura universal. |
Cinco comerciantes encomendaram a confecção de uma placa para afixar na porta de suas lojas, mas apenas um deles recebeu a placa sem nenhum problema quanto ao emprego do acento indicativo de crase.
A placa que está escrita de acordo com a norma-padrão é:
a)
LAVA À JATO |
b)
COMIDA À QUILO |
c)
ANGU À BAIANA |
d)
VENDAS À VAREJO |
e)
ENTREGAS À DOMICÍLIO |
No início de uma crônica de Fernando Sabino, Arte e Passatempo, emprega-se o verbo pedir de acordo com a norma-padrão, conforme se vê no trecho abaixo.
Pedem-me que escreva sobre minhas razões de amar o cinema. Aos dezoito anos eu diria que amava o cinema por causa da pipoca, do escurinho e da mão da namorada.
SABINO, F. Livro Aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 456.
Reescrever essa frase com “Pedem-me para escrever sobre minhas razões de amar o cinema” será
a)
correto, se for considerada a norma-padrão. |
b)
desaconselhável, se o intuito for escrever rigorosa- mente na norma-padrão. |
c)
inaceitável, pois haverá mudança do significado do verbo. |
d)
inadequado, já que a oração estará em sua forma reduzida. |
e)
apropriado, porque está implícita a ideia de “pedir permissão”. |
Num processo seletivo de emprego, o avaliador recebeu o seguinte texto de um dos candidatos: “Precizamos primeiramente melhorar muito os assuntos aprezentados pelos canais de televisão, sobretudo nos programas para adolecentes.”
Na correção, o avaliador deveria ter assinalado quantos erros de ortografia?
a)
1 |
b)
2 |
c)
3 |
d)
4 |
e)
5 |
No editorial de um jornal, lê-se a seguinte opinião:
As margens na meta de inflação, de dois pontos percentuais para cima e para baixo, serve para a economia absorver choques, sem a necessidade de ações mais firmes da autoridade monetária.
Para que o trecho acima ficasse de acordo com a norma-padrão, deveria ter sido feita a correção da(o)
a)
locução para a economia, substituindo-a por à economia. |
b)
grafia do substantivo economia, escrevendo com inicial maiúscula. |
c)
preposição de em da necessidade, substituindo-a por em de na necessidade. |
d)
verbo absorver, empregando-o no plural para concordar com o seu sujeito |
e)
verbo servir, empregando-o no plural para concordar com o seu sujeito. |
O blogue “Buenos Aires para Chicas” dá recomendações de turismo e convivência na capital da Argentina. Num dos trechos do site, lê-se:
Aqui em Buenos a coisa é diferente. Portenho tem mania de fazer tudo muito tarde. Portenho não dorme cedo. Prova disso são os programas de TV de maior audiência que terminam tarde, tipo meia-noite. Desde que eu vim morar aqui nunca mais consegui dormir cedo, não sei por quê. Buenos Aires é tão noturna que é normal ir dormir meia-noite, uma da manhã.
Disponível em: < http://www.buenosairesparachicas.com/2013/09/ horarios-portenos.html >. Acesso em: 11 abr. 2014. Adaptado.
Ao escrever “tipo meia-noite”, a redatora pretendeu dizer
a)
antes de meia-noite. |
b)
depois de meia-noite. |
c)
perto de meia-noite. |
d)
no modelo da meia-noite. |
e)
com um jeito de meia-noite. |
Na canção “Sampa”, Caetano Veloso escreveu: “Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João”. A ordem das palavras nessa frase tem importância rítmica, mas, do ponto de vista sintático, seria possível inverter algumas delas sem prejuízo do sentido pretendido.
Haverá PREJUÍZO de sentido, caso a inversão seja a seguinte:
a)
alguma coisa → coisa alguma |
b)
alguma coisa acontece →acontece alguma coisa |
c)
acontece no meu coração → no meu coração acontece |
d)
cruza a Ipiranga e a avenida São João → a Ipiranga e a avenida São João cruza |
e)
a Ipiranga e a avenida São João → a avenida São João e a Ipiranga |
O trecho inicial de uma crônica de Fernando Sabino diz:
Quando dois candidatos disputavam uma vaga de Senador pelo Maranhão, foi sugerido o nome de um terceiro, como solução conciliatória: o professor Jubileu de Almeida.
SABINO, F. Livro Aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 204.
O texto se refere a um fato já ocorrido, mas se for necessário reescrevê-lo considerando que o fato ainda vai ocorrer, qual será a nova redação?
a)
Quando dois candidatos disputarem uma vaga de Senador pelo Maranhão, será sugerido o nome de um terceiro, como solução conciliatória: o professor Jubileu de Almeida. |
b)
Quando dois candidatos disputam uma vaga de Senador pelo Maranhão, é sugerido o nome de um terceiro, como solução conciliatória: o professor Jubileu de Almeida. |
c)
Quando dois candidatos disputaram uma vaga de Senador pelo Maranhão, era sugerido o nome de um terceiro, como solução conciliatória: o professor Jubileu de Almeida. |
d) Quando dois candidatos disputassem uma vaga de Senador pelo Maranhão, seria sugerido o nome de um terceiro, como solução conciliatória: o professor Jubileu de Almeida.
|
e)
Quando dois candidatos disputem uma vaga de Senador pelo Maranhão, seja sugerido o nome de um terceiro, como solução conciliatória: o professor Jubileu de Almeida. |
Um professor de português, para propor uma atividade a seus alunos, retirou todas as vírgulas da seguinte frase publicada num jornal:
Se a matemática é a rainha das ciências a física é a princesa. Apesar do surpreendente avanço do conhecimento nas mais diversas áreas poucas disciplinas podem se gabar de que são capazes de provar hipóteses da forma mais elegante possível que é postular a existência de uma coisa e depois encontrá-la experimentalmente.
FOLHA DE S.PAULO. São Paulo, 22 mar. 2014, A2.
Na chave de respostas do exercício, o número de vírgulas obrigatórias a serem colocadas no texto, de acordo com a norma-padrão, é
a)
1 |
b)
3 |
c)
5 |
d)
7 |
e)
9 |
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