Tribunal de Justiça - Bahia - Analista Judiciário - Apoio Especializado - Tecnologia da Informação - FGV - Fundação Getúlio Vargas - 2015 - Prova Objetiva
Texto 1
"A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram cometidos por pessoas bem-intencionadas que simplesmente tomaram decisões equivocadas e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias. Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de escolhas egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis." (As piores decisões da história, Stephen Weir)
A primeira frase do texto 1, no desenvolvimento desse texto, desempenha o seguinte papel:
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a)
aborda o tema de "erros memoráveis", que são enumerados nos períodos seguintes; |
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b)
introduz um assunto, que é subdividido no restante do texto; |
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c)
mostra a causa de algo cujas consequências são indicadas a seguir; |
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d)
denuncia a história como uma sequência de erros cometidos por razões explicitadas a seguir; |
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e)
faz uma afirmação que é comprovada pelas exemplificações seguintes. |
As palavras "tragédias" e "catástrofes" foram empregadas no texto 1 para:
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a)
repetir a mesma ideia contida em erros memoráveis; |
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b)
construir a coesão textual entre os períodos; |
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c)
dimensionar a gravidade dos erros cometidos; |
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d)
intensificar a razão humana que conduz a erros; |
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e)
mostrar a visão parcial de um dos lados dos fatos históricos. |
Os dois últimos períodos do texto 1 mostram um paralelismo semântico ou sintático, que só NÃO se realiza no seguinte par de termos:
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a)
muitos / outros; |
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b)
foram cometidos / gerados; |
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c)
pessoas bem-intencionadas / indivíduos motivados por ganância e poder; |
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d)
tomaram decisões equivocadas / provocaram catástrofes; |
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e)
grandes tragédias / catástrofes igualmente terríveis. |
O texto 1 mostra seguidamente a participação do enunciador no assunto veiculado; o segmento em que essa participação está exemplificada de forma inadequada é:
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a)
seleção de adjetivos subjetivos: "grandes tragédias"; |
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b)
dúvida tendenciosa: "motivados por ganância e poder"; |
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c)
opinião particular: "pessoas bem-intencionadas"; |
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d)
parcialidade no julgamento: "catástrofes terríveis"; |
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e)
análise pessoal: "escolhas egoístas". |
No texto 1, a palavra "bem-intencionada" aparece grafada com hífen; o Novo Acordo Ortográfico diz que "Nas palavras em que o primeiro elemento é bem-, a regra geral é o emprego do hífen, não importando se o segundo elemento começa por vogal ou consoante". Sobre esse caso, a afirmação correta é:
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a)
a palavra foi mal grafada, pois deve ser escrita sem hífen; |
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b)
a palavra foi bem grafada já que se trata da junção de um advérbio de modo + adjetivo; |
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c)
a palavra foi bem grafada, pois se trata de um adjetivo composto com um elemento de valor prefixal; |
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d)
a palavra foi mal grafada, visto que não se trata de um vocábulo, mas de dois; |
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e)
a palavra foi bem grafada, pois houve mudanças nesse emprego, com as novas regras. |
Texto 2
"A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria. No todo, a história sugere quão imprudente é para um hóspede na casa de um homem levar consigo, ao partir, a esposa do anfitrião. Acrescentamos a esse erro crasso a dupla idiotice da raiva e da inveja, agravadas quando o marido abandonado, Menelau, insistiu nos direitos de um velho tratado e arrastou todo o seu reino e os dos vizinhos em missão de vingança. Muitos deles demoraram quase vinte anos na guerra e no retorno, para não falar na maioria que morreu, deixando os lares e as famílias no desamparo e na ruína mal sobrevivendo, sugerem os registros, a assédios diversos e a desastres naturais." (Menelau e a esposa perdida, Stephen Weir)
O erro histórico aludido nesse texto 2 inclui um conjunto de defeitos humanos; aquele que está caracterizado de forma imperfeita, por NÃO fazer parte do texto, é:
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a)
a imprudência do hóspede, que sequestrou a mulher de Menelau; |
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b)
o espírito de vingança de Menelau, que arrastou os reinos gregos para a Guerra de Troia; |
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c)
a irresponsabilidade de alguns heróis, que deixaram suas famílias ao desamparo; |
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d)
a raiva e a inveja do marido traído, que provocou o conflito entre gregos e troianos; |
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e)
a beleza de Helena, que seduziu o hóspede do marido. |
"A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria."
Sobre os componentes desse segmento do texto 2, a afirmação correta é:
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a)
os termos "de Helena" e "de Troia" desempenham a mesma função sintática; |
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b)
a saga do rapto de Helena e a Guerra de Troia são acontecimentos sucessivos, sendo o segundo causa do primeiro; |
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c)
o verbo "continuar" é um verbo de ligação, expressando mudança de estado; |
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d)
a Guerra de Troia, segundo o texto, é o exemplo mais importante dos problemas trazidos pela luxúria; |
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e)
na expressão "perigos da luxúria", o termo "da luxúria" representa a causa dos "perigos" aludidos. |
No texto 2, os elementos sublinhados se referem a termos anteriores; a correspondência identificada corretamente é:
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a)
consigo / um hóspede; |
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b)
esse erro / a imprudência de Helena; |
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c)
seu / do hóspede; |
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d)
os / os erros; |
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e)
que / muitos deles. |
Texto 2
"A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria. No todo, a história sugere quão imprudente é para um hóspede na casa de um homem levar consigo, ao partir, a esposa do anfitrião. Acrescentamos a esse erro crasso a dupla idiotice da raiva e da inveja, agravadas quando o marido abandonado, Menelau, insistiu nos direitos de um velho tratado e arrastou todo o seu reino e os dos vizinhos em missão de vingança. Muitos deles demoraram quase vinte anos na guerra e no retorno, para não falar na maioria que morreu, deixando os lares e as famílias no desamparo e na ruína mal sobrevivendo, sugerem os registros, a assédios diversos e a desastres naturais." (Menelau e a esposa perdida, Stephen Weir)
Texto 3
Sobre esse acontecimento referido no texto 2, o historiador grego Heródoto disse o seguinte:
“Até então, não houvera de uma parte e de outra mais do que raptos; depois do acontecido, porém, os Gregos, julgando-se ofendidos em sua honra, fizeram guerra à Ásia, antes que os asiáticos a declarassem à Europa. Ora, conquanto lícito não seja raptar mulheres, dizem os Persas, é loucura vingar-se de um rapto. Manda o bom senso não fazer caso disso, pois sem o próprio consentimento delas decerto não teriam as mulheres sido raptadas.”
(Heródoto, História).
No texto 3, Heródoto relativizou o ocorrido, por meio da seguinte estratégia:
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a)
retirando importância de uma declaração de guerra; |
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b)
mostrando os raptos como acontecimentos aceitáveis; |
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c)
indicando a colaboração de Helena no próprio rapto; |
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d)
revelando a licitude do ato de raptar mulheres; |
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e)
demonstrando que a vingança não é fruto do bom-senso. |
No texto 3 há uma série de marcas que indicam antiguidade; entre elas, a que formalmente mostra uma variação antiga é:
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a)
a referência a fatos antigos da história grega; |
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b)
a utilização constante da forma simples do mais-que-perfeito; |
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c)
uso de termos raros como "conquanto"; |
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d)
a repetida inversão de ordem sintática; |
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e)
o emprego da voz passiva. |