“Brasileiro adora elogio de estrangeiro. Ninguém questiona quando falam bem da gente. Quando nos criticam, porém, a história é outra. Quem nos critica é mal-intencionado – ou quer nos colonizar.
Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma de foguete, com a manchete ‘o Brasil decola’, é chamada de “a melhor revista do mundo”. Se traz o mesmo Cristo Redentor voando desgovernado, com a pergunta ‘O Brasil estragou tudo?’, é acusada de ‘instrumento do capital internacional’.
Muito da dificuldade que encontramos em lidar com a crítica decorre de insegurança em relação a nossa identidade nacional. Não sabemos bem quem somos.”
(Alexandre Vidal Porto. Folha de São Paulo. )
Segundo o cronista, o brasileiro
a)
não aceita críticas quando elas partem de órgãos internacionais. |
b)
capitaliza a seu favor todas as apreciações negativas publicadas. |
c)
ritica os estrangeiros por seu envolvimento com o capital internacional. |
d)
consegue identificar os reais motivos das críticas contra o Brasil. |
e)
mostra insegurança diante de julgamentos contrários. |
O cronista utiliza uma linguagem cuidada, mas com marcas de coloquialismo. Assinale a opção que indica a frase que mostra esse coloquialismo.
a)
"Brasileiro adora elogio de estrangeiro". |
b)
"Ninguém questiona quando falam bem da gente". |
c)
"Quando nos criticam, porém, a história é outra". |
d)
"Quem nos critica é mal intencionado ou quer nos colonizar." |
e)
"Não sabemos bem quem somos". |
O segundo parágrafo do texto apresenta
a)
argumento que comprova a opinião do primeiro parágrafo. |
b)
explicação para os segmentos teóricos anteriores. |
c)
resumo factual de tudo o que foi dito anteriormente. |
d)
exemplificação comprovadora de nossa subserviência. |
e)
numeração de fatos que mostram nosso próprio desconhecimento. |
"Ninguém questiona quando falam bem da gente. Quando nos criticam, porém, a história é outra. Quem nos critica é mal- intencionado ou quer nos colonizar".
Assinale a opção que indica o problema estrutural desse segmento do texto.
a)
O emprego simultâneo de "a gente" e nós". |
b)
O uso da forma plural "falam" sem sujeito explícito. |
c)
O deslocamento de "porém" para o meio da frase. |
d)
A grafia de "mal-intencionado" com hífen. |
e)
A colocação do pronome "nos" entre dois verbos. |
A primeira das capas da revista Economist dizia "O Brasil decola".
Com essas palavras, certamente, a revista se referia
a)
o aumento incrível do número de viagens ao exterior pelos brasileiros. |
b)
ao fato de o monumento do Cristo Redentor ter-se tornado conhecido. |
c)
ao início de uma fase de crescimento econômico. |
d)
ao final de um processo que levou o país ao grupo dos desenvolvidos. |
e)
ao processo de preparação para os grandes eventos aqui realizados. |
Assinale a opção que indica o segmento em que o emprego da preposição sublinhada ocorre em função da presença de um termo anterior que a exige.
a)
"Brasileiro adora elogio de estrangeiro". |
b)
"Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma de foguete". |
c)
"... com a manchete 'o Brasil decola', é chamada de 'a melhor revista do mundo'". |
d)
"instrumento do capital internacional". |
e)
"Muito da dificuldade que encontramos em lidar com a crítica decorre de insegurança em relação a nossa identidade nacional". |
"Se a revista Economist publica na capa o Cristo Redentor em forma de foguete, com a manchete 'o Brasil decola', é chamada de 'a melhor revista do mundo'. Se traz o mesmo Cristo Redentor voando desgovernado, com a pergunta 'O Brasil estragou tudo?', é acusada de 'instrumento do capital internacional'".
As opções a seguir apresentam algumas propostas de alteração desse segmento do texto 1.
Assinale a opção em que a alteração modifica o sentido original.
a)
"Se a revista Economist publica" / caso a revista Economist publicasse. |
b)
"a melhor revista do mundo" / a revista melhor do mundo. |
c)
"Se traz o mesmo Cristo Redentor" / se o mesmo Cristo Redentor é trazido. |
d)
"voando desgovernado" / voando sem controle. |
e)
"com a manchete 'O Brasil decola' " / com O Brasil decola" como manchete. |
Assim que pisa em solo estrangeiro, todo turista logo é descoberto. Suas roupas, seus gestos, e, principalmente, sua fala e sotaque revelam. Só poucos minutos de convivência com os nativos e o estrangeiro é abordado e questionado: “De onde vem? Onde nasceu? O que veio fazer aqui?”.
Essa recepção é tão usual que qualquer curso de línguas inclui em suas primeiras aulas um treino de perguntas e respostas dessa conversa entre estrangeiros chegando a um país e os locais.
Nós, brasileiros, conhecemos bem esta história. O brasileiro que viaja ao exterior está acostumado a ouvir: “É brasileiro? Gosto muito dos brasileiros! Vejo um brasileiro e lembro do samba, do Carnaval, e do futebol. Que coisa linda!”.
Com orgulho, o brasileiro sorri e confirma: “Sim, sou brasileiro!”. E esse diálogo abre as portas lá fora, rendendo diversas perguntas sobre futebol, carnaval e samba, e abrindo chance para bons relacionamentos com os locais.
Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós. Entre os turistas que se sentem assim, é consenso que a visão do Brasil pelo estrangeiro como o país do Carnaval, samba e futebol é muito pequena (e até ofensiva) para um país grande e diverso.
O fato é que, agradando ou incomodando, sabemos que a identidade do brasileiro é inevitavelmente ligada a esta trinca. E isto não é tão mau assim. Se os estrangeiros tocam neste assunto é porque pensam em um mar de emoções positivas. Felicidade, descontração, relaxamento, enfim, tudo o que um ser humano sonha de bom para a vida.
Não é para menos que, ao nos conhecer, muitos se abrem em um grande sorriso, e procuram prolongar ao máximo a conversa com um brasileiro na tentativa de se manter alegres. Nossa identidade é invejada e desejada por qualquer estrangeiro!
(Comportamento, julho de 2014)
A estrutura do texto 2 é caracterizada como
a)
uma narrativa, pois relata ações em ordem cronológica. |
b)
uma descrição, pois mostra traços característicos do brasileiro. |
c)
uma exposição argumentativa em defesa do "caráter brasileiro". |
d)
uma exposição informativa sobre fatos parcialmente desconhecidos. |
e)
uma narrativa com finalidade argumentativa. |
"Essa recepção é tão usual que qualquer curso de línguas inclui em suas primeiras aulas um treino de perguntas e respostas dessa conversa entre estrangeiros chegando a um país e os locais".
Sobre esse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.
a)
o termo "essa recepção" se refere a algo que vai ser explicado a seguir. |
b)
a oração iniciada por "que" indica uma consequência da oração anterior. |
c)
o termo "os locais" se refere a outros locais do país. |
d)
o segmento "qualquer curso de línguas" equivale a "um curso de línguas qualquer". |
e)
o termo "os locais" deveria estar precedido também da preposição "a": "e aos locais". |
Segundo o texto 2, o brasileiro sente-se incomodado com o fato de muitos dos estrangeiros
a)
procurarem estender a conversa conosco. |
b)
terem inveja de nossa identidade. |
c)
desejarem ter o que há de bom para a vida. |
d)
reduzirem nosso país a carnaval, samba e futebol. |
e)
repetirem constantemente as mesmas perguntas. |
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