Inclusão não é favor, é dever
A inclusão de alunos com deficiência é um desafio enorme para professores e gestores. Tirando as exceções aqui e ali, a maior parte dos docentes concorda que todos os meninos e meninas têm direito à Educação. A divisão só começa quando o assunto vai para o “como fazer”. Nesse momento, até os corações mais generosos travam. É difícil fazer algo para o qual você não foi preparado. Diante da falta de conhecimento e da diversidade de características físicas e mentais, a questão viaja do polo das boas intenções para o do pragmatismo duro. Como avaliar? Pode reprovar? Está tudo bem mandar para a sala de recursos?
Eu queria dar uns passos atrás. Não quero discutir o “como fazer”, mas falar de algo anterior: qual deve ser o papel da escola para um aluno com deficiência? A resposta é simples e vale, no final das contas, para todos os estudantes. A escola deve garantir que uma pessoa, por meio do conhecimento organizado, tenha um lugar no mundo. Por isso, inclusão não é um favor feito a um aluno coitadinho. É direito do estudante e dever da instituição. Quando o Estado assume uma responsabilidade, ele se compromete tanto com os beneficiários da medida quanto com quem permite que ela seja possível. No caso da Educação, ele se compromete com o aluno e com você. Sem educadores preparados, a inclusão vira um direito vazio. Portanto, cobre formação e boas condições de trabalho. Coloque seus alunos com deficiência nos projetos da escola. Dê visibilidade aos desafios nas redes sociais. Faça barulho. Afinal, professores não são apenas as pessoas que transmitem conhecimento, mas que criam condições para que o aprendizado aconteça. E nenhuma tecnologia será capaz de oferecer isso a seres humanos.
Essa é a razão pela qual propus a pergunta sobre o papel da escola. Muitas vezes, com as tarefas da rotina, nos esquecemos de pensar sobre o que fazemos. Sem pensar nos porquês da inclusão, nunca chegaremos em “como fazer”. Estou convencido que, mais do que nunca, lutar por formação e boas condições de trabalho são tarefas essenciais dos Educadores com E maiúsculo. No Brasil de hoje, lutar pelo básico é revolucionário.
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Leandro Beguoci é diretor editorial e de conteúdo de NOVA ESCOLA [email protected]. FONTE: https://novaescola.org.br/conteudo/15166/inclusao-nao-e-favor-e-dever
Em “Nesse momento, até os corações mais generosos travam”, o termo em destaque indica ideia de:
a) Distância no tempo
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b) Distância no espaço
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c) Inclusão
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d) Exclusão
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Um dos elementos construtivos fundamentais do texto é a coesão textual, que se dá de várias formas. Uma delas é a coesão por elipse, mecanismo em que um termo fica implícito, uma vez que já foi enunciado antes, a fim de que se evite a sua repetição desnecessária. Assinale a alternativa em que a coesão por elipse ocorre.
a) A inclusão de alunos com deficiência é um desafio enorme para professores e gestores.
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b) Tirando as exceções aqui e ali, a maior parte dos docentes concorda que todos os meninos e meninas têm direito à Educação.
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c) Diante da falta de conhecimento e da diversidade de características físicas e mentais, a questão viaja do polo das boas intenções para o do pragmatismo duro.
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d) Quando o Estado assume uma responsabilidade, ele se compromete tanto com os beneficiários da medida quanto com quem permite que ela seja possível.
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Em “a questão viaja do polo das boas intenções para o do pragmatismo duro”, o termo em destaque poderia ser substituído, sem alteração de sentido e fazendo-se as adaptações que forem necessárias, por:
a) Prática
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b) Desenvolvimento
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c) Ativismo
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d) Filosofia
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Em “Não quero discutir o ‘como fazer’, mas falar de algo anterior”, o termo em destaque estabelece ideia de:
a) Causa
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b) Oposição
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c) Conclusão
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d) Condição
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Assinale a alternativa em que a passagem “Quando o Estado assume uma responsabilidade, ele se compromete tanto com os beneficiários da medida quanto com quem permite que ela seja possível” esteja redigida coerentemente com seu sentido original, segundo a gramática normativa.
a)
A partir do momento em que os beneficiários assumem uma responsabilidade, o Estado a torna possível. |
b)
No momento em que o Estado toma para si uma responsabilidade, este se compromete com quem se beneficia da medida adotada por ele e também com quem é capaz de tornar essa medida executável. |
c)
Qualquer medida é, certamente, de responsabilidade de quem a executa, seja o estado ou quem se responsabiliza por ela. |
d)
Quem se beneficia de uma medida qualquer implementada pelo Estado deve se responsabilizar por ela, na mesma proporção em que haja o beneficiamento do indivíduo. |
Em “Dê visibilidade aos desafios nas redes sociais”, substituindo-se o termo em destaque por “atividades”, teríamos:
a) Dê visibilidade nas atividades nas redes sociais
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b) Dê visibilidade à atividades nas redes sociais
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c) Dê visibilidade às atividades nas redes sociais
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d) Dê visibilidade as atividades nas redes sociais
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Quanto à coesão textual, na passagem “E nenhuma tecnologia será capaz de oferecer isso a seres humanos”, o termo em destaque recupera:
a) Condições adequadas de trabalho.
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b) Visibilidade dos desafios nas redes sociais.
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c) Transmissão de conhecimentos.
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d) Criação de condições para que o aprendizado aconteça.
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Em “No caso da Educação, ele se compromete com o aluno e com você”, o termo destacado estabelece a interlocução no texto, porque se dirige a um interlocutor específico, que, nesse contexto, é:
a) O leitor generalizado.
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b) O professor.
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c) O próprio aluno.
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d) O diretor escolar.
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Adaptando a passagem “Estou convencido que, mais do que nunca, lutar por formação e boas condições de trabalho são tarefas essenciais dos Educadores com E maiúsculo”, a fim de que esteja de acordo com a gramática normativa, teríamos:
a) Estou convencido de que, mais do que nunca, lutar por formação e boas condições de trabalho são tarefas essenciais dos Educadores com E maiúsculo.
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b) Estou convencido com o que, mais do que nunca, lutar por formação e boas condições de trabalho são tarefas essenciais dos Educadores com E maiúsculo.
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c) Estou convencido sobre o que, mais do que nunca, lutar por formação e boas condições de trabalho são tarefas essenciais dos Educadores com E maiúsculo.
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d) Estou convencido ante que, mais do que nunca, lutar por formação e boas condições de trabalho são tarefas essenciais dos Educadores com E maiúsculo.
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O enunciado “No Brasil de hoje, lutar pelo básico é revolucionário”, que encerra o texto, é uma afirmação em que o autor se posiciona de maneira objetiva. Se o autor tivesse, por intenção, fazer um chamamento coletivo, usando a 1ª. pessoa do plural nos dois verbos em destaque e adaptando-se a pontuação, teríamos:
a) No Brasil de hoje, lute-se pelo básico, sejamos revolucionários.
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b) No Brasil de hoje, lutemos pelo básico. Sejamos revolucionários.
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c) No Brasil de hoje, lutemo-nos pelo básico, sejamo-nos revolucionários.
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d) No Brasil de hoje, lutamos pelo básico. Somos revolucionários.
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