Prefeitura de Araçatuba - SP (Prefeitura Municipal de Araçatuba) - Auxiliar de Desenvolvimento Infantil - FAUEL (Fundação de Apoio à Universidade Estadual de Londrina) - 2019
Texto I
Leia o texto, para responder à questão.
DETALHES QUE FAZEM A DIFERENÇA
Fazer a diferença na vida das pessoas é uma vontade comum. Só que muitas vezes acreditamos que para isso precisamos de grandes atos, que exigem tempo e esforço e então sempre acabamos deixando para depois, para “a hora certa”.
“Se é verdade que as pessoas nos ganham nos detalhes, é verdade também que é nos detalhes que elas nos perdem”, escreveu a escritora Andréa Behegaray.
Não importa se no casamento, no trabalho, no namoro ou nas relações sociais, não há relacionamento que não se desgaste e são os detalhes que acabam fazendo a diferença. Conviver com os outros requer atenção e cuidados frequentes, o que poucos parecem estar dispostos a oferecer tanto quanto se precisa. Cada detalhe conta, cada pedacinho vazio faz falta, cada vacilo tem seu peso e pode colocar tudo a perder.
De acordo com Elaine Blum, escritora e dramaturga, “o mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar, que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva”.
Sempre estamos cheios de serviço, de estudo, de trabalho, de compromissos que não se relacionam à nossa vida afetiva. E sobra pouquíssimo tempo para nos debruçarmos sobre o que realmente importa, para ficarmos perto de quem nos ama de verdade, para alimentarmos nossa alma. Corremos atrás das contas, dos boletos, da manutenção da casa, do carro, das roupas. Enquanto isso, esquecidos ficam os remendos sentimentais que esvaziam, pouco a pouco, nossa carga afetiva. “Não procure felicidade na superfície, ela está enraizada nas miudezas, nos pequenos gestos de ternura”, aconselha a escritora Edna Frigato.
(Gisele Bortoleto, Revista Be Bem-estar, 19.05.2019. Adaptado)
O conjunto das ideias do texto leva a identificar uma mensagem ao leitor,
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a) aconselhando-o a praticar atos cotidianos voltados à melhoria das condições em que vivem certas pessoas.
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b) impondo comportamentos que seriam indispensáveis para a manutenção das amizades e da vida familiar.
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c) alertando-o para a importância de cultivar afetos por meio de atitudes simples que expressam atenção.
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d) prescrevendo a ele normas de conduta de tal forma que ele não negligencie suas obrigações cotidianas.
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e) defendendo a tese segundo a qual somos responsáveis por salvar o mundo dos relacionamentos desgastados.
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O comentário de Elaine Blum (4° parágrafo)
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a) revela a falta de atenção das pessoas para pequenos gestos, o que acaba por comprometer as evidências.
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b) destaca a dimensão transformadora de ações a que se atribui pouca importância e que até passam despercebidas.
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c) expressa a confiança nos gestos salvadores que, apesar de diminutos, são praticados à revelia de quem os recebe.
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d) corrobora o ponto de vista segundo o qual apenas grandes atos têm possibilidade de produzir bons efeitos.
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e) contradiz a ideia de que os detalhes são responsáveis por gestos de solidariedade que vêm perdendo a importância.
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a) Enquanto isso, esquecidos ficam os remendos sentimentais que esvaziam, pouco a pouco, nossa carga afetiva.
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b) O mundo é salvo por um olhar, que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva.
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c) E sobra pouquíssimo tempo para nos debruçarmos sobre o que realmente importa, para ficarmos perto de quem nos ama de verdade, para alimentarmos nossa alma.
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d) Conviver com os outros requer atenção e cuidados frequentes, o que poucos parecem estar dispostos a oferecer tanto quanto se precisa.
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e) Cada detalhe conta, cada pedacinho vazio faz falta, cada vacilo tem seu peso e pode colocar tudo a perder.
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A relação de antonímia presente em expressões destacadas na passagem – “Se é verdade que as pessoas nos ganham nos detalhes, é verdade também que é nos detalhes que elas nos perdem” – está presente também nos pares em destaque:
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a) [gestos ] diminutos e [gestos] descomunais; [olhar que] abarca e [olhar que] exclui.
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b) [cheios de] trabalho e [cheios de] lavor; cuidados frequentes e cuidados raros.
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c) [olhar que] envolve e [olhar que] dissimula; [antônimo da] evidência e [antônimo da] imponência.
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d) [avesso da] importância e [avesso da] irrelevância; [estar] dispostos e [estar] propensos.
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e) [olhar que] reconhece e [olhar que] ignora; [não procure na] superfície e [não procure na] aparência.
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As aspas na expressão “a hora certa” sinalizam, no contexto do 1° parágrafo, a intenção de
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a) confirmar que se estabelecem compromissos com data fixa.
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b) afirmar que o tempo de realização do ato adiado é indeterminado.
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c) negar que o adiamento seja um ato de vontade própria.
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d) assegurar que os grandes atos são predeterminados.
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e) duvidar de que seja possível definir o momento exato de um ato.
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Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Só que muitas vezes acreditamos que para isso precisamos de grandes atos, que exigem tempo e esforço e então sempre acabamos deixando para depois... – com correção e mantendo coerência com o sentido do original.
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a) Apenas que frequentemente acreditamos que para isso é preciso grandes atos, que exigem tempo e esforço; assim sempre acabamos adiando para depois.
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b) Mas eventualmente acreditamos que para isso, necessita-se de grandes atos, que exigem tempo e esforço e nessa ocasião sempre acabamos postergando...
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c) Unicamente que habitualmente acreditamos que para isso necessitam-se de grandes atos, que exigem tempo e esforço, e dessa maneira, acabamos deixando para lá...
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d) Apesar de que com frequência, acreditamos que para isso, é preciso de grandes atos, que exigem tempo e esforço e, portanto, sempre acabamos por prorrogar...
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e) Porém, amiúde acreditamos que, para isso, são necessários grandes atos, que exigem tempo e esforço, e, em tal caso, sempre acabamos por protelar...
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a) Não importava se no casamento, no trabalho, no namoro ou nas relações sociais, não havia relacionamentos que não se desgastassem e os detalhes é que acabavam fazendo a diferença.
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b) Não importou se no casamento, no trabalho, no namoro ou nas relações sociais, não houveram relacionamentos que não se desgastaram e eram os detalhes que acabou fazendo a diferença.
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c) Não importaria se no casamento, no trabalho, no namoro ou nas relações sociais, não houvesse relacionamentos que não se desgastem e os detalhes é que acabariam fazendo a diferença.
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d) Não importará se no casamento, no trabalho, no namoro ou nas relações sociais, não haverão relacionamentos que não se desgastem e serão os detalhes que acabarão fazendo a diferença.
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e) Não importando se no casamento, no trabalho, no namoro ou nas relações sociais, não haveriam relacionamentos que não se desgastavam e os detalhes é que acabam fazendo a diferença.
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A alternativa que substitui os trechos destacados na passagem – E sobra pouquíssimo tempo para nos debruçarmos sobre o que realmente importa, para ficarmos perto de quem nos ama de verdade, para alimentarmos nossa alma. –, de acordo com a norma-padrão de regência, é:
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a) dedicarmo-nos com afinco no ... acercarmo-nos a ... darmos sustento para
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b) nos dedicarmos com afinco no ... nos acercarmos de ... darmos sustento em
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c) nos dedicarmos com afinco para ... nos acercar a ... darmos sustento em
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d) dedicarmo-nos com afinco do ... acercarmo-nos em ... darmos sustento a
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e) nos dedicarmos com afinco ao ... acercarmo-nos de ... darmos sustento a
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O trecho do 5° parágrafo iniciado pela expressão “Enquanto isso” expressa, na associação com o trecho precedente, a ideia de
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a) tempo anterior, estabelecendo uma relação de sentido que destaca a prioridade de importância do que se faz.
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b) conformidade, estabelecendo uma relação de sentido de equiparação em importância daquilo que se faz.
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c) tempo simultâneo, estabelecendo uma relação de sentido que faz contrastar a importância do que se faz.
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d) conformidade, estabelecendo uma relação de sentido de valorização da importância do que é feito antes.
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e) causalidade, estabelecendo uma relação de sentido que destaca a progressão da importância do que se faz.
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A fala final do garoto revela que
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a) não é possível analisar a qualidade dos quadrinhos com base no depoimento de alguém que já perdeu o juízo.
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b) a maneira de o avô avaliar os quadrinhos atuais não revela conhecimento suficiente para lhe garantir credibilidade.
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c) o saudosismo não é atitude que mereça crédito, considerando-se que a perspectiva de atualidade se perdeu.
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d) o ponto de vista do avô acerca dos quadrinhos é desqualificado, à vista da atitude da mãe do garoto.
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e) não se sustenta o argumento do avô do garoto, já que ele age e pensa como se ainda estivesse no passado.
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