1 Em meio à multidão de milhares de manifestantes, rapazes vestidos de preto e com a cabeça e o rosto cobertos por capuzes ou capacetes caminham dispersos, tentando manter-se 4 incógnitos. A atitude muda quando encontram um alvo: um cordão de isolamento policial, uma vitrine ou uma agência bancária. Eles, então, agrupam-se e, armados com porretes, 7 pedras e garrafas de coquetel molotov, quebram, incendeiam e agridem. Quando a polícia reage, os vândalos voltam a se misturar à massa de gente que protesta pacificamente, na 10 esperança de, com isso, provocar um tumulto e incitar outros manifestantes a entrar no confronto. É a tática do black bloc (bloco negro, em inglês), cujo uso se intensificou nos protestos 13 de rua que dominaram a Europa este ano. Quase sempre, a minoria violenta é formada por anarquistas — que, de seus análogos do início do século XX, imitam os métodos violentos 16 e o ódio ao capitalismo e ao Estado.
Diogo Schelp. In: Veja, 22/12/2010 (com adaptações).
No que se refere aos aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, julgue o(s) item(ns) seguinte(s):
Os complementos elípticos da formas verbais "quebram'' (L.7), "incendeiam" (L.7) e "agridem"(L.8) possuem o mesmo referente no texto.
Certa. |
Errada. |
As formas verbais infinitivas "misturar" (L.9) e "provocar" (L.10) poderiam ser corretamente substituídas por suas formas flexionadas, misturarem e provocarem.
Certa. |
Errada. |
Nas linhas 9, 13 e 14, o elemento "que" possui, em todas as ocorrências, a propriedade de retomar palavras ou expressões que o antecedem.
Certa. |
Errada. |
A palavra "análogos" (L.15) está sendo empregada com o sentido equivalente a antecessores.
Certa. |
Errada. |
O principal objetivo do texto é fazer uma comparação entre as estratégias de protesto do movimento anarquista do início do século XX e as do movimento anarquista dos dias de hoje.
Certa. |
Errada. |
Seria mantida a correção gramatical do texto caso fosse introduzida vírgula imediatamente após o trecho "rapazes vestidos de preto (...) capuzes ou capacetes" (L.2-3), isolando-o do restante da oração, já que esse trecho somente insere informação acessória sobre os manifestantes.
Certa. |
Errada. |
1 O leitor interessado em compreender um pouco melhor como vivem milhões de brasileiros à sua volta poderia aproveitar um de seus próximos momentos livres para fazer um 4 teste que lhe mostrará por que a vida é tão difícil para tanta gente neste país. É simples: procure entender direito, consultando uma enciclopédia qualquer da Internet, o que é 7 mesmo a teoria da relatividade, como se lida com o binômio de Newton ou qual é a função dos números imperfeitos. Pensando bem, nem é preciso fazer o teste: o leitor sabe, desde já, que 10 não vai entender nada do que ler. Por mais atenção que preste, e por mais neurônios que queime, logo vai ficar claro que ele não tem os conhecimentos essenciais para acompanhar a 13 exposição desses assuntos. “Falta a base”, como se diz. Felizmente, não é preciso trabalhar com esses temas, ou sequer saber que existem, para ganhar a vida. Tudo muda de figura, 16 porém, quando se constata que 50% dos brasileiros não conseguem entender um texto simples de leitura, e 70% não são capazes de resolver questões primárias de matemática.
J. R. Guzzo. In: Veja, 22/12/2010 (com adaptações).
Com relação aos aspectos estruturais e semânticos do texto acima, julgue o(s) item(ns) subsequente(s).
O sujeito da forma verbal "vivem" (L.2) não ocorre de maneira explícita no período, devendo ser inferido da leitura do texto.
Certa. |
Errada. |
Entre as orações que compõem o período "não é preciso trabalhar com esses temas, ou sequer saber que existem" (L.14-15) estabelece-se uma relação sintático-semântica de alternância.
Certa. |
Errada. |
O uso do imperativo, como em "procure entender" (L.5), e de expressões informais, como "Pensando bem" (L.8-9), "por mais neurônios que queime" (L.11) e "Falta a base" (L.13), constitui estratégia para aproximar o texto da modalidade oral e para envolver o leitor, pondo-o no centro da mensagem.
Certa. |
Errada. |
1 Um embate entre instituições de ensino superior, editoras e autores é travado há anos. Com o argumento de que livros são caros e muitas vezes apenas um capítulo é necessário 4 para o curso, alunos e professores lançam mão de cópias de partes de publicações ou de apostilas para economizar. O debate voltou à tona após policiais da Delegacia 7 Antipirataria apreenderem, no mês passado, mais de duzentas pastas com textos para serem reproduzidos em uma universidade do Rio de Janeiro, sob a alegação de crime de 10 direitos autorais. O operador da máquina foi detido, e a universidade, indignada, criou normas para regulamentar as cópias dentro de seus estabelecimentos. Uma alternativa legal, 13 porém, existe há quatro anos, mas só agora começa a ser efetivada em algumas universidades: a venda de capítulos avulsos.
Luciani Gomes. In: IstoÉ, 6/10/2010 (com adaptações).
A respeito do texto apresentado acima, julgue o(s) item(ns) que se segue(m).
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