Realidade ou Fantasia Segundo a Publicidade

1      A linguagem publicitária que se estabeleceu

        como norma competente, sobretudo a partir dos anos

        cinquenta, caprichosamente não procurou dar primazia

4      às competências funcionais dos produtos, bens e

        serviços anunciados, e sim enfatizar as supostas

        propriedades simbólicas, mágicas, verdadeiros fetiches

7      ilusionistas. As mensagens publicitárias passaram a

        buscar especialmente construir atmosferas fantasiosas,

        de modo a prevalecer sobre a face material das coisas

10    um substrato onírico, sonho fabricado.

        Engana-se, no entanto, quem acredita que os

        truques simbólicos da publicidade funcionam apenas

13    para o consumo. Mensagens diretamente voltadas para

        o exercício da cidadania não raro recorrem a esse

        segundo plano semiológico das mensagens. Publicidade

16    por si só, no entanto, não muda conduta. As campanhas

        publicitárias representam uma forma de atingir milhões

        de pessoas, mas serão inócuas se não forem

19    acompanhadas de ações cotidianas e duradouras de

        mobilização social.

 

Realidade ou fantasia segundo a publicidade. In: Discutindo a língua portuguesa, ano 2, n.º 14, p. 39 (com adaptações).

 

Com relação ao texto apresentado , julgue o(s) item(ns) a seguir:

TecnolegisPolícia Militar - Distrito Federal - Soldado da Policia Militar - CESPE - UnB - 2009 - Prova Objetiva:

O sinal indicativo de crase em “às competências” (L.4) é exigido pela expressão “dar primazia” (L.3), e retirá-lo provocaria erro gramatical no texto.

Certa.
Errada.