A oferta de trabalhadores numa economia é determinada pelo tamanho da população, pela sua estrutura etária e de sexo e pela taxa de participação específica por idade e sexo. Os dois primeiros fatores são determinados pelos efeitos demográficos de fecundidade, mortalidade e migração. O último é influenciado por fatores econômicos, sociais e culturais.
A população, sob o ponto de vista da estrutura ocupacional, é assim composta:
a) População economicamente ativa (PEA): corresponde as pessoas que trabalham em um dos setores formais da economia ou que estão a procura de emprego. Subdivide-se em, desempregados e população ocupada.
b) População economicamente inativa (PEI) ou população não economicamente ativa (PNEA): corresponde a parcela da população que não está empregada como crianças, velhos, deficientes, estudantes, etc., ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa. Esse camada da sociedade demanda grandes investimentos sociais, e é bancada pela população ativa.
É nome que se dá à capacidade de que é dotado um ou mais indivíduos que, detentores das capacidades físicas e mentais já existentes no corpo humano ou adquiridas através da experiência e da formação acumulada ao longo do tempo, participam do processo econômico produzindo valores de uso.
Podemos dizer que o trabalho se transforma em força de trabalho quando se torna uma mercadoria que pode ser comprada. E quando torna-se uma mercadoria que pode ser comprada ? Há 3 (três) elementos concorrentes para que isto ocorra:
1) possibilidade do indivíduo dispor livremente da sua força de trabalho;
2) carência de meios de produção no que respeita ao trabalhador e;
3) necessidade do trabalhador vender a suas capacidade de trabalho para obter os meios de subsistência.
Outrossim, tecnicamente, podemos dizer que há sinonímia entre força de trabalho e população economicamente ativa (que compreende o potencial de mão de obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada, assim definidas: população ocupada - aquelas pessoas que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham trabalho mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias).
As pessoas ocupadas são classificadas em:
a) Empregados - aquelas pessoas que trabalham para um empregador ou ou mais, cumprindo uma jornada de trabalho, recebendo em contrapartida uma remuneração em Dinheiro ou outra forma de pagamento (moradia, alimentação, vestuário, etc.). Incluem- se, entre as pessoas empregadas, aquelas que prestam serviço militar obrigatório e os clérigos. Os empregados são classificados segundo a existência ou não de carteira de trabalho assinada.
b) Conta Própria - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, sem empregados.
c) Empregadores - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, com auxílio de um ou mais empregados.
d) Não Remunerados - aquelas pessoas que exercem uma ocupação econômica, sem remuneração, pelo menos 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou em ajuda a instituições religiosas, beneficentes ou de cooperativismo, ou, ainda, como aprendiz ou estagiário.
População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trabalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.).
Observe que, quanto aos desempregados, para que componham o índice do PEA, será necessário que estejam dispostas a trabalhar E estejam, de fato, procurando trabalho.
A população em idade ativa (PIA) é = PEA + PEI. Destaque para o fato de que, no Brasil, a despeito da proibição de qualquer trabalho para crianças menos de 14 anos, o IBGE considera, para apuração do índice PIA, o trabalho infantil - computa as crianças a partir de 10 (dez) anos de idade. Destacamos que há uma parcela da PIA que não esta ocupada e nem desocupada (crianças com mais de 10 e menos de 14 anos).